COLMEIAS (CAIXAS), CAVALETES
Desta vez nós vamos comentar sobre a nossa experiência com os modelos de colmeia que utilizamos durante a implantação do Meliponario das Nascentes, em relação a escolha e a construção das caixas que abrigam as colmeias de ASF do s e os respectivos cavaletes.
Primeiro, antes de abordar sobre os modelos de caixas gostaria de fazer um agradecimento e o reconhecimento a todos os meliponicultores que utilizam a sua engenhosidade para desenvolver e projetar os mais variados modelos de caixas existente no momento e que colocam a nossa disposição.
A nosso escolha foi feita de acordo com nosso critério de avaliação que levou em conta a praticidade
com o manuseio das colméias, sempre levando em consideração reduzir ao mínimo a interferência
gerada durante a colheita do mel, assim como na multiplicação dos enxames.
Existem no momento uma variedade de modelo de caixa que foram desenvolvidas pelos meliponicultores
depois de muita observação e na visão de quem desenvolveu um determinado modelo apresenta as suas vantagens e desvantagens.
Uma ressalva a caixa deve sempre se adaptar as necessidades do meliponicultor e criar mínimo de interferência em relação a colméia.
A escolha da madeira mais apropriada, custos, espessura e a proteção contra intempéries são itens importantes que devem ser bem avaliados. Na regiçao aonde se encontra o Meliponario das Nascentes
a precipatação pluviométrica durante o verão é o outono é muita alta e a escolha caiu sobre a tabua de
peroba amarela e o cedrinho com 3 ½ cm de espessura e depois da caixa pronta externamente foi aplicado
uma proteção com verniz ecológico e pintura a óleo.
Atualmente o telhado de proteção das caixas é de telha de barro, mas já estamos preparando uma forma
para construir telhado de verniculita+cimento e com pintura adicional. O telhado projetado com verniculita permite que seja possível projetar e construir um abrigo mais adequado que acaba prolongando a vida da
caixa e também a entrada de água durante as chuvas mais fortes.
No Meliponario das Nascentes, escolhemos para avaliação os seguintes tipos de caixa, de acordo com as espécies de ASF que estamos criando, levando em consideração o tamanho do ninho, quantidade de abelhas
e a facilidade no manejo.
a) Caixa Racional Fernando Oliveira_INPA
b) Caixa Inteligente Pedro Paulo
c) Caixa PNN (novo modelo)
Para facilitar o manuseio das caixas, foi colocado uma identificação na lateral aonde consta a data, tipo
de abelha, caixa mãe ou caixa filha.
Foi levado em consideração durante a escolha das caixas aquelas que facilitassem tanto a colheita do
mel e a multiplicação dos enxames e como principal requisito que fosse evitado ao máximo molestar
o ninho para evitar a perda de feromonio e faciliatar a entrada dos inimigos naturais das abelhas
(formigas, aranhas e os temidos forideos) durante e após manipulação em função da coleta ou durante
a multiplicação dos exames, além do tamanho correto da caixa em relação a parte térmica e a oferta
de pólen e néctar nos arredores do meliponario.
CAIXA RACIONAL FERNANDO OLIVEIRA-INPA
Para as colméias da abelha Tujuba (Melipona Rufiventris ) foi escolhido a caixa racional desenvolvida pela Fernando Oliveira INPA, com os melhoramentos que foram introduzidos pelo Marcos A. P. Andrade e José H. Piol, que dificulta a penetração de invasores e também facilita muito durante o processo de divisão da colônia. Foto 1: Caixa Racional Fernando Oliveira- INPA No caso das mandaçaias (m.q.q.) e mirim (plebéia droryana) nós optamos pela caixa inteligente desenvolvida pela Pedro Paulo da AME-RIO (foto 2) para avaliar a facilidade e também a e também a adaptação dos enxames, lembrando que para cada especie a caixa deve ter uma dimensão apropriada. Até o momento as mandaçaias e o enxame da mirim (plebéia droryana) estão se adaptando muito bem a este modelo de caixa. Já selecionei 2 novas caixas de mandaçais para fazer a multiplicação durante a próxima primavera de 2011. Foto 2: Caixa Inteligente (mirim plebeia e abelhas mandaçaia) CAIXA PAULO NOGUEIRA NETO (Novo modelo) Como estamos na fase de avaliação escolhi este novo modelo que foi desenvolvido pelo Professor Paulo Nogueira Neto, decidimos alojar as abelhas que possuem ninhos grande com muitas abelhas como a Mandaguari Amarela (Scaptotrigona Xantrotricha) e Mandaguari Preta (Scaptotrigona Postica) A gaveta ou alça básica, mede externamente 33cm de comprimento x 20 cm de largura e 8 cm de altura, em peças e a espessura da madeira é que utilizamos para a fabricação da caixa é de 3 cm de espessura. A GAVETA ou ALÇA DE BAIXO, fica a entrada da colméia. Possui paredes de frente e dos lados com as outras gavetas e um piso maior composto somente por uma taboa de 29 cm x 16 cm, que serve de chão da colméia. Sempre deve conter muitos potes de alimentos. Conforme as espécies, se for necessário, use 1 ou 2 ou 3 GAVETAS ou ALÇAS destinadas a conter potes de alimento. Devem ser colocadas sobre a GAVETA ou ALÇA DE BAIXO. Essas ALÇAS ou GAVETAS para os potes tem o seu piso formado por 3 taboas de 8 cm, com espaço entre as taboas do piso e também entre o piso e as paredes lateriais. Cada espaço desses mede cerca de 1,3 cm de largura x 16 cm de comprimento, para permitir a livre passagem das abelhas. Os espaços vazios para passagens de abelhas no piso podem ter 1,5 cm de largura (anchura) com o uso de taboas algo mais estreias no piso, se for necessário. Acima das gavetas usadas para armazenar potes, está a CÂMARA DE CRIA, destinada a abrigar favos de cria. A base da CÂMARA DE CRIA é uma GAVETA ou ALÇA comum, dessas aqui descritas para receber os potes de alimentos. |
Finalizando este tópico, ressaltamos que caixa deve ter duas
características muito importante sendo a primeira delas se adaptar
as necessidades do meliponicultor e a segunda facilitar ao máxima a
manipulação e reduzir ao mínimo as interferência em relação a colméia.
C A V A L E T E S
Atualmente, a experiência que nós obtivemos durante a implantação do
meliponario e a fase de observação nos orientaram na escolha de cavaletes
individuais porque facilitam em muito o manuseio e evitam movimentos desnecessários,
que possam vir a causar danos ao ninho.
Nós optamos por construir cavaletes de concreto com base de apoio em
madeira tratada. Estamos considerando construir no futuro próximo abrigos
coletivos.
Durante a implantação dos cavaletes levamos em consideração a
distância de 2 m (dois) entre uma e outra caixa adaptamos uma proteção contra
invasão de formigas aplicando óleo queimado e graxa de modo a não permitir que
as formigas e outros insetos rasteiros consigam acessar a entrada das colméias.
A altura do cavalete depois de implantando ficou com 1,20 metro de
distancia do chão.
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